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Após avançar em suas pesquisas na Bacia do Rio Uberabinha, a Associação para a Gestão Socioambiental do Triângulo Mineiro (Angá), com sede em Uberlândia, Minas Gerais, dará início às oficinas do projeto “Uberabinha, Meu Amigo”, com alunos e professores de escolas selecionadas da rede pública e privada As oficinas, que têm início neste sábado, às 12h30, nas instalações da UFTM, em Uberaba, terão duas turmas de alunos: uma de estudantes de 13 a 16 anos, e outra de professores do ensino básico.
Parceria firmada entre a Angá, a secretaria municipal de Educação de Uberaba e a Universidade Federal do Triângulo Mineiro propiciaram as oficinas que começam neste sábado nas instalações da UFTM. Alunos e professores terão aulas distintas. Aos jovens, uma equipe de comunicação com duas cineastas, um biólogo e uma jornalista/geógrafa combinarão o conhecimento científico sobre a Bacia do Rio Uberabinha e as técnicas do audiovisual para estimular a produção de vídeos sobre o meio ambiente.
“Nas oficinas preparadas para os adolescentes, a comunicação e a educação ambiental estarão juntas e escolhemos abordar as técnicas usadas na produção de documentários, e o aparelho celular como suporte, a fim de usar uma mídia que eles conhecem e utilizam, diariamente, talvez sem refletir muito sobre o papel que ela tem em suas vidas”, explica a gestora de comunicação da Angá, a jornalista e geógrafa Betânia Côrtes. “Nossa intenção é estimular o aluno a pensar refletidamente sobre o uso dessa e outras mídias; que ele seja um observador atento dos acontecimentos ao mundo à sua volta. E para que exercer esse papel, é preciso que ele se desloque para uma posição de observação”.
Comunidade escolar
Incluir a comunidade na discussão científica faz parte da trajetória da Angá, que já realizou diversas palestras voltadas para o público universitário. O projeto de trabalhar com o ensino fundamental é um sonho antigo. “Queremos que jovens em formação e seus professores tenham acesso às pesquisas realizadas pela Angá e participem com a gente e com o Estado – financiador dos estudos -, na busca de soluções para os problemas ambientais encontrados. Entendemos que somos todos responsáveis pela qualidade do meio ambiente, mas muitas vezes não sabemos como agir”, pontua o presidente da entidade, o biólogo Gustavo Malacco.
Para Malacco, aos professores do ensino fundamental e técnicos da UFTM, a proposta é propiciar que profissionais da pesquisa e profissionais que escolheram o ensino durante a sua formação acadêmica troquem experiências. “Da maneira como estamos propondo, é um encontro raro. A intenção é que o professor traga a sua vivência, assim como o pesquisador, e que construam juntos um conjunto de iniciativas visando a melhoria das bacias hidrográficas. Na correria do cotidiano, mesmo tendo estudado os rios e seus afluentes, em algum momento da nossa vida escolar, nem sempre lembramos que todos vivemos dentro das bacias hidrográficas e que nossas atitudes impactam em sua qualidade”.
Apesar de ter as suas principais nascentes localizadas em Uberaba, onde gera riquezas para o município, o Uberabinha não é muito conhecido pela população local, ao contrário do Rio Uberaba, que é fonte de abastecimento público de água. Apresentar aos jovens e professores a importância econômica e ambiental da Bacia do Uberabinha é torna-los mais próximos de um patrimônio que precisa ser protegido. “As bacias hidrográficas se comunicam. As fronteiras que levantamos, como a delimitação entre um município e outro, não existem para elas. Assim, cuidar de uma bacia é, de certa forma, cuidar de todas elas”, exemplifica a jornalista.
Próximos encontros
Já estão agendadas oficinas, em Uberaba, nos dias 10, 24 e 31 de agosto, com as escolas municipais Professora Stella Chaves e Lourencina Palmério e a Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM. Outras duas datas serão, ainda, definidas, além de uma Mostra de Resultados para a comunidade. Entre os oficineiros, estão cinco biólogos, dois geógrafos e duas cineastas.
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